quinta-feira, 15 de novembro de 2012


PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA


Entre os dias 8 e 9 de novembro,os membros do Clube Militar reuniram-se sob o comando do tenente-coronel Benjamin Constant, professor da Escola Militar e principal divulgador do positivismo entre militares.
O objetivo da reunião era articular com lideranças civis um golpe para instituir a República. No dia 11 de novembro, o marechal Deodoro da Fonseca, então comandante de armas de Mato Grosso, aceitou a chefia da conspiração, marcada para o dia 20. 

Para preparar o momento, os próprios republicanos divulgaram o boato de que o Exército seria substituído, no Rio de Janeiro, pela Guarda Nacional, e que Deodoro e Benjamin Constant seriam presos. Isso fez com que o movimento fosse antecipado.
Na manhã de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro, um pouco a contragosto, conduziu a tropa para o Ministério da Guerra e comunicou que a Monarquia estava derrubada. Os monarquistas se renderam, sem resistência. Os ministros foram depostos, e José do Patrocínio, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, declarou proclamada a República.

Dois dias depois, a população assistia ao embarque de D. Pedro II, com a Família Real, para o exílio em Paris. Assim, se o ato da Proclamação da República pegou todos de surpresa, a ideia de República era bastante conhecida. Os argumentos que alegavam a superioridade do regime republicano sobre a monarquia eram debatidos abertamente nas ruas do Rio de Janeiro.

Nesse sentido, o povo pode ter assistido 'bestializado' à Proclamação da República porque foi tomado pela surpresa do evento. Mas isso não significa que esteve alheio ou afastado dos debates sobre a implantação da República no Brasil ao logo da década de 1880