Mahatma
Gandhi
Foi
acima
de
tudo
um
ativista
da
não-violência.
Formado
em
direito,
foi
um
político
e
líder
no
movimento
de
independência
da
Índia,
que
era
governada
pelos
ingleses.
Acreditava
que,
para
se
tornar
um
advogado,
teria
de
se
transformar
em
um
verdadeiro
lord
inglês.
Neste
país,
a
principal
experiência
foi
o
contato
com
diferentes
religiões
– esteve
aberto
para
qualquer
uma
que
o
convencesse
– o
que
só
fortaleceu
sua
credulidade
no
hinduísmo.
A
filosofia pacifista somada às experiências de vida no exterior
contribuíram para que ele desenvolvesse um novo olhar sobre a Índia.
O retorno à terra natal ocorreu ainda durante a Primeira Grande
Guerra, quando sua saúde esteve fragilizada.
As
ideias
de
“desobediência
civil”
e
“não-cooperação”
– pilares
com
os
quais
desafiou
os
colonizadores
– tornaram-se
perceptíveis
na
Índia,
e
também
difundidas
mundialmente
pelos
meios
de
comunicação.
Um
exemplo
dessa
desobediência
civil
está
na
organização
do
boicote
aos
produtos
ingleses.
Com
ele
a
população
indiana
voltou
a
confeccionar
suas
próprias
roupas,
rejeitando
os
tecidos
britânicos.
O
ápice
de
sua
atuação,
no
entanto,
se
deu
em
1930,
quando,
acompanhado
por
adeptos,
Gandhi
marchou
cerca
de
300
quilômetros
em
direção
ao
mar
para
obter
sal
pelo
poder
colonialista
e
que,
portanto,
só
poderia
ser
obtido
pelas
vias
britânicas.
Conhecido
como
a
Marcha
do
Sal,
o
ato
simbólico
também
atraiu
e
mobilizou
a
atenção
da
imprensa
internacional.
Gandhi
foi
preso,
mas
a
Inglaterra,
pressionada
pela
opinião
pública,
o
libertou
e
também
revogou
a
lei
do
monopólio
do
sal.
Com
o
passar
do
tempo,
o
movimento
de
descolonização
se
tornou
ainda
mais
forte,
principalmente
no
contexto
da
Segunda
Guerra
Mundial
(1939-1945).
A
Inglaterra
voltava
as
atenções
para
a
Europa
– palco
dos
principais
combates
– e
Gandhi,
de
acordo
com
seus
ideais,
não
se
aproveitou
da
fraqueza
britânica
durante
este
período,
mesmo
quando
as
pressões
internas
se
tornaram
cada
vez
maiores
para
que
a
Índia
conquistasse
a
liberdade.
Gandhi não conseguira, entretanto, solucionar divergências entre hindus e mulçumanos. Embora quisesse unir no mesmo país os seguidores das duas religiões, ao perceber a possibilidade de uma guerra civil emergente, concordou com a criação de duas nações soberanas, que, de fato, emergiram no final da década de 1940. Os hindus concentravam-se na Índia, e seus antagonistas no Paquistão. Visando uma aproximação com os muçulmanos, Gandhi dispôs-se a visitar o Paquistão, a fim de demonstrar que todos eram filhos do mesmo Deus. Entretanto, um extremista hindu, contrariado pelas atitudes inclusivas do já então Mahatma (grande alma), assassinou o líder da Índia, em 1948.