quinta-feira, 4 de abril de 2013


ESTRUTURAS POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL DO FEUDALISMO 

 

As estruturas feudais começaram a se delinear no contexto da crise romana do século III. Suas principais características são: o retorno ao campo e o abandono  do comércio como principal atividade econômica: a concentração de terras, ou o predomínio das grandes propriedades; e o predomínio do trabalho servil.
                A estrutura política fundamentava-se na relação de SUSERANIA e VASSALAGEM, caracterizada pela dependência e pelo compromisso de fidelidade firmado entre dois senhores. Era um pacto militar no qual o VASSALO se colocava sob a dependência e proteção do SUSERANO, a quem jurava fidelidade política e militar.
O vassalo recebia um feudo sobre qual exercia autoridade exclusiva. A figura do REI, também chamado de SUSERANO MAIOR, não foi extinta, mas o monarca deixou de exercer seu poder em várias esferas da vida do reino. A descentralização política levou o desaparecimento da moeda única para todo o reino, à desarticulação do exército nacional e à formação de milícias particulares a serviço dos senhores feudais.

                A economia feudal baseava-se na atividade agrícola e a terra era o principal fator de riqueza.  Nas vastas extensões de terras denominadas de FEUDOS, praticavam-se a agricultura de SUBSISTÊNCIA.
 o   A propriedade era dividida em DOMÍNIO ou MANSO SENHORIAL que pertencia exclusivamente ao senhor feudal;   O MANSO SERVIL, onde os servos praticavam a agricultura de subsistência;  O MANSO COMUNAL, formado pelos bosques e pastagens;

      A sociedade era formada por dois grupos: OS PROPRIETÁRIOS e os TRABALHADORES, que, em geral servos da gleba. Na classe dos proprietários estavam os NOBRES e o CLERO; o restante da sociedade era formado, basicamente, por SERVOS. Cada um desses grupos exercia uma função social claramente explicita na conhecida definição da sociedade feudal:

o   Os que rezam (CLERO);
o   Os que combatem (NOBRES);      
o   Os que trabalham (SERVOS);

A sociedade era ESTAMENTAL, ou seja, nela não havia mobilidade social. O senhor feudal era o único proprietário do feudo e tinha o direito de controlar a vida das pessoas que viviam em suas terras. Como a Igreja Católica era uma grande proprietária de terras, muitos bispos e cardeais exerciam as funções de senhores feudais.
Os servos realizavam o trabalho que sustentava a estrutura feudal e estavam presos à terra em que viviam. Pagavam muitos impor e pesados impostos, como a CORVÉIA (trabalho gratuito no manso senhorial), a TALHA (parcela da produção do manso servil destinada ao senhor), o tostão de Pedro (pagamento feito à Igreja) e as BANALIDADES (pagamento pelo uso de moinho, do forno e o celeiro). Submetidos a tantos encargos, viviam na miséria, e a desnutrição permanente explica o grande número de epidemias.