ESTRUTURAS POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL DO
FEUDALISMO
As estruturas feudais começaram a se delinear no contexto da crise romana do século III. Suas principais características são: o retorno ao campo e o abandono do comércio como principal atividade econômica: a concentração de terras, ou o predomínio das grandes propriedades; e o predomínio do trabalho servil.
A estrutura política fundamentava-se na relação de SUSERANIA e VASSALAGEM, caracterizada pela dependência e pelo
compromisso de fidelidade firmado entre dois senhores. Era um pacto militar no qual o VASSALO se
colocava sob a dependência e proteção do SUSERANO, a quem jurava fidelidade
política e militar.
O vassalo recebia um feudo sobre
qual exercia autoridade exclusiva. A figura do REI, também chamado de SUSERANO
MAIOR, não foi extinta, mas o monarca deixou de exercer seu poder em várias
esferas da vida do reino. A descentralização
política levou o desaparecimento da moeda única para todo o reino, à
desarticulação do exército nacional e à formação de milícias particulares a
serviço dos senhores feudais.
A
economia feudal baseava-se na atividade agrícola e a terra era o
principal fator de riqueza. Nas
vastas extensões de terras denominadas de FEUDOS,
praticavam-se a agricultura de SUBSISTÊNCIA.
A sociedade era formada por dois grupos:
OS PROPRIETÁRIOS e os TRABALHADORES, que, em geral servos da gleba. Na classe
dos proprietários estavam os NOBRES e
o CLERO; o restante da sociedade era
formado, basicamente, por SERVOS.
Cada um desses grupos exercia uma função social claramente explicita na
conhecida definição da sociedade feudal:
o
Os que rezam (CLERO);
o
Os que combatem (NOBRES);
o
Os que trabalham (SERVOS);
A sociedade
era ESTAMENTAL, ou seja, nela não
havia mobilidade social. O senhor feudal era o único proprietário do feudo e
tinha o direito de controlar a vida das pessoas que viviam em suas terras. Como
a Igreja Católica era uma grande proprietária de terras, muitos bispos e
cardeais exerciam as funções de senhores feudais.
Os servos
realizavam o trabalho que sustentava a estrutura feudal e estavam presos à
terra em que viviam. Pagavam muitos impor e pesados impostos, como a CORVÉIA
(trabalho gratuito no manso senhorial), a TALHA (parcela da produção do manso
servil destinada ao senhor), o tostão de Pedro (pagamento feito à Igreja) e as
BANALIDADES (pagamento pelo uso de moinho, do forno e o celeiro). Submetidos a
tantos encargos, viviam na miséria, e a desnutrição permanente explica o grande
número de epidemias.